sexta-feira, 30 de maio de 2008

Alternativas ao petróleo


Na Europa industrializada, nunca a energia teve tanta importância para as nossas vidas como hoje.Em 2000, a União Europeia foi o maior importador de energia, representando 15% do consumo de todo o Mundo.

Recorremos essencialmente ao petróleo e ao gás.Sabemos que as reservas de petróleo e de gás acabarão por se esgotar.

É nossa obrigação continuar a estudar o potencial das fontes de energia alternativas.Se bem que ainda haja oferta de petróleo e de gás mais do que suficiente, a relação entre oferta e procura no mercado nem sempre é a que desejaríamos.

A procura voraz de energia por parte da China, aliada a outros factores, fez disparar o preço do barril de petróleo para níveis inquietantes.

Há, pois, um risco de travagem do crescimento económico e de subida da inflação.

Outro aspecto que não podemos descurar é a poluição ambiental.

No âmbito do Protocolo de Quioto, a UE comprometeu se a reduzir em 8% as suas emissões de gases com efeito de estufa entre 2008 e 2012, tomando como referência os níveis de 1997. Não vai ser fácil, sobretudo porque a nossa procura de energia está a crescer permanentemente.

Para alcançarmos a meta, teremos de intensificar consideravelmente o recurso aos biocombustíveis e à bioenergia.

A agricultura vai ter um papel fundamental na política de energia. Com a subida inexorável dos preços do petróleo, a defesa de alternativas viáveis como os biocombustíveis torna se indiscutível.

A Comissão Europeia está a fazer o melhor possível para responder frontalmente a esses desafios.

Actualmente, existem objectivos para os biocombustíveis e a bioenergia em 2010 da União no seu conjunto. E a Comissão tem estado em contacto com os estados-membros para garantir que a esses objectivos comunitários correspondam objectivos adequados a nível nacional.Estamos também a preparar um plano de acção relativo à biomassa.

Nos termos de um acordo assinado em 2003, os subsídios agrícolas estão "dissociados" da produção; os agricultores poderão reagir à procura de culturas não alimentares no mercado, que possam ser utilizadas para bioenergia e biocombustíveis. E, para ganharmos alguma dinâmica, os ministros da Agricultura da UE aprovaram um bónus na reforma de 2003 um auxílio especial de 45 euros por cada hectare de culturas energéticas, mediante determinadas condições.

As nossas actuais propostas de reforma radical do mercado comunitário do açúcar isentarão de quotas de produção o açúcar destinado ao fabrico de etanol.

Acreditamos que existe um mercado para as culturas energéticas na UE e que temos a receita correcta para o pôr em funcionamento com maior regularidade.Se tivermos êxito, favoreceremos a protecção ambiental, reduziremos a dependência da UE em relação às importações de petróleo, criaremos um mercado enorme para novas tecnologias e possibilitaremos novos mercados para os nossos agricultores.

Há peritos externos a analisar tudo o que neste momento pode ser feito em prol da bioenergia, no âmbito da Política Agrícola Comum.

Os meus serviços lideram um grupo central na Comissão para analisar as perspectivas em relação aos biocombustíveis, devendo os resultados ser publicados até ao primeiro trimestre de 2006.

Mas, embora tenhamos matérias primas em abundância e tecnologia avançada prontamente disponível, os custos de arranque no sector da energia renovável são tais que teremos igualmente de apelar à intervenção dos meios financeiros nacionais.

Apenas por meio de bonificações fiscais e de apoios públicos será possível incentivar os empresários europeus a transformar este imenso potencial em realidade.Apelo, pois, aos ministros das Finanças da União Europeia para terem o arrojo de dar o pontapé de saída num sector que só pode trazer benefícios.

Não podemos depender eternamente do "ouro negro" para responder às nossas necessidades energéticas. O ouro do futuro é verde.

Fonte: Jornal de Noticias






"Achei um bom artigo para postar no meu blog, devido ao facto de toda a polémica que circunda à volta do petroleo, tenciono tambem com este posto sensibilizar as pessoas a mudarem determinadas atitudes e comportamentos principalmente quando diz respeito ao bem estar geral da população."

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Estudo do LNEC sobre novo aeroporto está concluído

O estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre o novo aeroporto está concluído e será entregue ao Governo até sexta-feira, mas o Ministério das Obras Públicas não decidiu ainda se o documento será tornado público. "O estudo comparativo sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa está concluído. O relatório será entregue ao ministro [das Obras Públicas] até ao final desta semana", disse à Lusa fonte oficial do LNEC.


De acordo com a mesma fonte, os sete "factores críticos de decisão" que foram considerados pelos técnicos que elaboraram o estudo comparativo entre a Ota e Alcochete são: segurança, eficiência e capacidade das operações do tráfego aéreo; sustentabilidade dos recursos naturais e riscos; conservação da natureza e biodiversidade; sistema de transportes e acessibilidades; ordenamento do território e património; competitividade e desenvolvimento económico e social; e avaliação financeira.

Para a elaboração deste estudo o LNEC contratou peritos em ambiente, acessibilidades, análise económica e aeronáutica, valências que de que a instituição não dispunha. A análise dos impactes ambientais, designadamente a biodiversidade, a fauna e a flora, ficou a cargo da empresa ERENA.

O economista Augusto Mateus, juntamente com o professor Jorge Gaspar, foram os responsáveis pela análise dos factores associados ao sistema aeroportuário, ao ordenamento do território, bem como a análise macroeconómica e de competitividade.

A análise do estudo à luz do Direito Comunitário foi efectuada pelo professor Gomes Canotilho, enquanto a análise económico-financeira foi desenvolvida pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) e pelo professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), João Duque.

A análise meteorológica (ventos, nevoeiros, precipitação) foi efectuada pelo Instituto de Meteorologia, em parceria com o LNEC.
Os técnicos do LNEC, em conjunto com o engenheiro Teles de Menezes, foram os responsáveis pelo estudo das acessibilidades.

Fonte: Jornal de Noticias
Achei interessante publicar esta noticia, pois é um tema bastante polémico, em Portugal, e tambem devido ao facto deste assunto durar há tanto tempo gerando muitos conflitos no que dizem respeito ao local, à segurança e factores ambientais, entre outros...